terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Fragmento de Nova Percepção

"Uma noite de verão, uma brisa fresca me envolvendo, uma lua esplêndida e estrelas complementando o cenário. Parecia tão real, mas ao mesmo tempo era uma psedorealidade, uma batalha entre o delírio e a razão. Uma noite atípica, que ficou marcada na memória.
O astro rei levantou-se, e com ele toda a lucidez. 
Uma cidadezinha pacata, rodeada de colinas verdes e pasto generoso para o gado. No centro, havia uma simples capela e um pequeno comércio, era uma cidadezinha onde a globalização não alcançava, distante de toda ganância e brutalidade do mundo. Parecia com uma cidade no tempo do império, havia parado no tempo.
Instalei-me num hotel, que era uma casa humilde onde os viajantes passavam uma ou duas noites no máximo, e fui andar pelas ruas da cidade. Sua população era simpática e acolhedora. Me dirigi para a capela, era do mesmo estilo de toda cidade, simples, mas com certo misticismo que a tornava grandiosa. Quando vi o pároco me lembrei do sonho que tive na noite passada. Ele me observava, estava com um enorme sorriso, parecia que me conhecia de algum lugar. Comecei a disfarçar, tentando me esquivar dos olhos do velho, mas não consegui. Então sentei-me no banco, e fingi rezar. Passou cinco minutos, e então pude sair tranquilo.
Continuei a andar pela cidade, encontrei um restaurante, parecia que toda a cidade havia se reunido para almoçar, interagindo uns com os outros, coisa que jamais iria se ver numa grande metrópole. 
O que mais me encantava nessa cidade era as pessoas, a simplicidade delas, o cuidado que tinham umas com as outras, o amor para com o próximo.
Ao anoitecer, não senti vontade de tomar o ônibus e resolvi passar mais um dia nessa pequena cidade."

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