quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Todos os problemas levam à solidão

"Todo carnaval tem seu fim"

O cavaleiro a muito tempo se preparava para o confronto, gerava expectativas, tinha consigo a certeza que nada o derrotaria, que ao lado Desta tornará-se invencível. Mas um pequeno fato ao acaso, que para ele seria simples de contornar, não o imortalizou. A covardia dos demais o impediu, foi inutilizado, sentia-se apunhalado; Frustrado.
Era necessário força para continuar, força que só sua Dama poderia oferecer. Pois, os passos, as estratégias tinha em mente antes mesmo do embate começar, como todo bom Capitão. O que lhe faltava era ânimo, pois capacidade e coragem não lhe era preciso, os possuía de sobra. A cada embate perdido, a cada Tentativa em Fracasso, o cavaleiro morria aos poucos, se mostrava frágil, e precisava de um consolo que só Ela o poderia dar.
A cada ferida conquistada, a cada batalha frustrada, sua mente voava em desvaríos. Seus ideais se iam sem expectativas de retorno. Sua cama, em vez de lhe oferecer repouso e descanso era lugar de tortura, onde se via obrigado a pensar e a lembrar.
Se via responsável (e culpado) por tudo e por todos, se indignava pelos demais,  não aguentava estar de mãos atadas.  Não queria nem ao menos preocupações engendrar, sofria calado, sentia que era só, era inútil e debilitado.
Se ao menos exergasse no fim do túnel sua Esperança com rosto angelical, pele pálida, cabelos ondulados castanhos escuros, com olhos incrivelmente redondos combinando com os cabelos, usando um vestido rodado branco como as nuvens, e com ela pudesse contar, para lhe amparar, para o ajudar a recomeçar.
Mas quando podia estava muito ocupado para ir em busca de sua Dama Esperança, vivia somente correndo atrás da Senhora Justiça, que sempre perdia de vista assim que se aproximava.
Assim vivia, realmente só, contando apenas com o Misericordioso Tempo para lhe ajudar. Era simplesmente um sonhador, abrigava-se em sua própria utopia, esquecia de si mesmo, fingia que vivia sua vida, mas fugia de sua própria sina.

"O silêncio dá ênfase a solidão. "

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