sábado, 10 de outubro de 2009

Imortalizado por histórias

Caminhava a favor do vento, seus cabelos meio ondulados não se aquietavam em sua cabeça. Não sei para onde se dirigia, só sei que partia, que se distanciava cada vez mais. Mas os olhos que a perseguiam não se deixavam enganar, somente quando uma barreira de concreto impediu sua visão, desviou o olhar.
Parecia hipnotizado sempre que surgia, mesmo que quisesse não conseguia parar de olhar. Olhava não se sabe o quê. Seu rosto? Seu corpo? Sua roupa? Ou, sua fisionomia por completo? Poderia estar olhando, de uma forma ou de outra, até mesmo seu interior, seus pensamentos. Não se sabe muito bem o que este olhava, só se sabe que reparava e gravava em sua mente todos os detalhes a que diz ao seu respeito. Olha-la era seu deleite, e só isso bastava para ele.
Gostava do seu jeito de mulher, mas enxergava dentro dela uma menininha ingênua e sincera. Era a união do presente com o passado. União entre a meninice e a responsabilidade diante do mundo. Isso encantava-o, só por vê-la abria um sorriso. Tudo nela o agradava, achava-a a perfeição, se é que esta pode ser alcançada, em pessoa.
Vez em quando, trocavam uma ou duas palavras, após esse breve "encontro" era impossível que algo o abalasse. Quando sem querer seus olhares se cruzavam e não havia como disfarçar, lançava um sorriso, dava um oi, mas depois, ficava vermelho de tanta vergonha .
Sabia que chegaria o dia em que não se encontrariam mais, e este o preocupava cada vez mais, um "amor" puro e sincero como esse não poderia morrer assim. Depois de muito pensar, chegou a conclusão que nunca se separariam, que o "destino" encarregaria-se de mantê-los juntos. Seja por lembranças, imortalizados por histórias ou até mesmo se reencontrariam numa outra ocasião.

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