Sentar-se a mesa para jantar após um dia cansativo é um remédio para a alma. Ao contrario de muitas pessoas não janto vendo televisão, não tenho nada contra televisão, mas gosto de escutar o silencio enquanto como. Eu, meu prato e o silêncio.
Demoro para mastigar. Entre uma garfada e outra um pensamento invade minha mente. A comida estava fria quando termino a refeição, permaneço a mesa, olhando fixo para algum ponto, que não me lembro agora qual é. Pareço hipnotizado pelo tal ponto.
Finalmente me levanto, caminho até a pia e lavo meu prato, gosto de fazer bastante espuma quando lavo a louça, sempre pensativo.
Já está tarde para um homem que acorda cedo, vou até o quarto e troco minha roupa pelo pijama bem leve. Escovo meus dentes e deparo com minha imagem no espelho, olho no fundo dos meus olhos, me encaro. Como se meu corpo despertasse de um transe, desvio o olhar e vou em direção a cama. Deito-me, pego o óculos e o livro que estão no criado mudo. Começo a ler o livro As Veias Abertas da América Latina, de Eduardo Galeano.
Já cansado, marco a página do livro, tiro o óculos. Não querendo pensar na reflexão que o livro traz, mudo o rumo dos meus pensamentos. Continuo a pensar só que agora de olhos fechados. Não sei em que momento precisamente adormeço, só que ao invés de parar de pensar, continuo pensando no que nunca paro de pensar.
Lindo meu querido amigo Arthur.
ResponderExcluirFico orgulhosa em ver um jovem com tal consciência do corpo e da alma, aliás um jovem com alma antiga e cheia de sabedoria.
Parabéns !
Não se perca pelo caminho, lembre-se sempre que :
" Há flores sobre as pedras. "
Um beijo no coração.
Erika Mel (MorganaDasFadas)
As Veias Abertas da América Latina, de Eduardo Galeano é um livro e tanto.
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